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Mostra Audiovisual

 

20 a 26 de agosto de 2010

Florianópolis-SC

 

Nesta nona edição, durante a Mostra Audiovisual Fazendo Gênero será feita uma homenagem a Jocy de Oliveira e a Trinh Minh-ha, e obras suas serão apresentadas, em uma exibição especial. Jocy é compositora, pianista e artista multimídia, que desenvolve, desde 1961, um trabalho de vanguarda nas áreas música, teatro, instalações, textos e vídeo. Trinh é cineasta, compositora, professora e escritora. Ambas são renomadas artistas cujas obras transitam por diversas linguagens e são permeadas pelas categorias de alteridade e deslocamento, fruto, em parte, de terem atuado em vários países e se deslocado de suas origens - Trinh nasceu em Hanói, e Jocy, em Curitiba - para regiões e culturas bem variadas.

 

Na Sexta-feira, 20 de agosto, a cineasta vietnamita Trinh Minh-ha conversa com o público, após a exibição de seu filme   Surname Viet Given Name Nam

na abertura  da Mostra Audiovisual Fazendo Gênero 9

Acesse & Assista
http://www.agecom.ufsc.br/index.php?id=21071&url=ufsc

 

20/08 (sexta-feira)

18h às 22h

Auditório da Fundação Cultural BADESC

R. Visconde de Ouro Preto, 216 - Centro - Florianópolis

 

ABERTURA DA MOSTRA AUDIOVISUAL FAZENDO GENERO

Coordenação: Ana Maria A. de Souza, Carmen Rial e Maria Cecília de Miranda N. Coelho

Apresentação dos Filmes e debate com a presença das realizadoras homenageadas

 

Kseni - a estrangeira (Jocy de Oliveira, 2005, 70 min)

"Trangressora... Imigrante... Bárbara... Terrorista... Mulher... Meu corpo, minha única arma...." são as palavras iniciais da protagonista de Kseni - a estrangeira, que clama pelo "o direito de ser diferente". Aliás, essas palavras encerram esta ópera, que é dividida em cinco cenas: Medea Profecia, Revenge of Medea, Who cares if she cries, Nenhuma mulher civilizada faria isso e Medea Ballade, essa última baseada em uma melodia medieval sobre Medéia, originária da região francesa do Languedoc.  Reprise terça-feira à tarde, no Centro de Eventos da UFSC.


Surname Viet Given Name Nam (Trinh Minh-ha, 1989, 108 min, legendado em port.)

O filme evolui em torno de questões de identidade, memória popular e cultura. Focaliza aspectos da realidade Vietnamita vistas através das vidas e historia da resistência de mulheres no Vietnam e nos Estados-Unidos, ao mesmo tempo em que reflete sobre a poder nas entrevistas e nos documentários. Reprise terça-feira à tarde, no Centro de Eventos da UFSC.

 

21/08 (sábado)

Local: Auditório do DAC (ao lado da igrejinha da UFSC)
16h30 às 19h


Reassemblage (Trinh Minh-ha 1982, 40 min, legendado em português.).

Uma reflexão sobre o fazer documentário e a representação etnográfica a partir do olhar da diretora sobre os povos Sereer, Bassari e Peul do Senegal. Reprise quarta à tarde, Centro de Eventos da UFSC.

 

Shoot for the contents, (Trinh Minh-ha 1992, 102 min. legendado em português.)

Filme cujo titulo brinca com o significado de um jogo antigo Chinês e com os elementos criativos da realização fílmica, é uma excursão no labirinto da nomeação alegórica. Pondera sobre questões de poder e mudanças relacionadas às rupturas culturais e políticas da China contemporânea, refletidas nos eventos da Praça Tiennamen. Reprise quinta à tarde, no Centro de Eventos da UFSC.


22/08 (domingo)

Local: Auditório do DAC (ao lado da igrejinha da UFSC)
16h30 às 19h


A tale of love (Trinh Minh-ha e Jean-Paul Bourdier 1995, 108 min legendado em português).

Retrato da experiência de imigrantes vietnamitas através de Kieu, A tale of Love segue a busca de uma mulher amorosa do Amor. Livremente inspirado no poema Vietnamita The tale of Kieu. Reprise quarta-feira à tarde, no Centro de Eventos da UFSC.


23/08 (segunda-feira)

Local: Centro de Eventos/UFSC
9h às 12h30


G XV (Doc, Lucas Kinceler e Leonardo Silva, 5min32., 2009, SC)

A princípio pareciam formigas. Um morador da Praça XV aproxima-se e explica que na verdade são grilos. O diálogo casual adquire a dimensão de um relato, em experiência audiovisual para aqueles que por eventualidade ouviram suas palavras.

 

Fantasmas (Fic, André Novais Oliveira, 11min, 2009, MG)

A ex.

 

A Oferenda de Sabiá (Doc., Claudia Turra Magni, 25 min., 2004, Paris/Porto Alegre)

Durante uma oficina de vídeo para pessoas sem-domicílio em Paris, Sabiá, africana de 30 anos, realiza seu curta-metragem, "A Oferenda". Ao representar a doação de um filho aos ancestrais, ela resgata crenças animistas e outros elementos significativos de suas culturas de origem. Acompanhado da música "Desafinado", seu filme transcorre sem fala, enquanto Sabiá fornece à câmera da antropóloga as chaves para a compreensão de sua obra artística.


Deixe-me ir (Doc., Maycon Melo, 23min., 2009, SC)

Este vídeo aborda a trajetória de mulheres jogadoras de futebol em Florianópolis. O percurso de anos de prática amadora encontra no decorrer do Campeonato Catarinense de Futebol Feminino de 2008 a iniciativa de investimento do Avaí FC. As marcas desse encontro revelam um campo em negociação/competição. Mudanças que apontam um jogo em constante processo.

 

Vozes do Islã (Doc., Francirosy Campos Barbosa Ferreira, 25min, 2007, SP)

Investigar temas diversos do Islã no Brasil, como o véu islâmico, o casamento, as divergências da comunidade, a relação dos pesquisados e da pesquisadora é o desafio desse vídeo, resultado de nove anos de pesquisa e de imersão nas comunidades islâmicas em São Paulo e em São Bernardo do Campo. Vozes do Islã é um convite imagético e sonoro a esse islã no Brasil.


Narradores Urbanos: Antropologia Urbana e Etnografia nas Cidades Brasileiras - Eunice Dhuran (Doc., Cornelia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha, 17min., 2009, RS)

Episódio da série documental Narradores Urbanos sobre antropologia urbana e etnografia audiovisual das cidades brasileiras. A antropóloga Eunice Ribeiro Dhuran narra sua trajetória intelectual, refletindo sobre as transformações no pensamento social brasileiro e a dinâmica cultural e social na metrópole paulista.

 

Caixa Preta (Fic. , Ana Claudia Okuti, 17min e 30seg, 2010, RJ)

O filme "Caixa Preta" retrata a vida de um jovem de uma comunidade do Rio de Janeiro, que por dificuldades econômicas resolve arrumar um emprego por incentivo da avó. Porém, eles não esperavam que uma "Caixa Preta" modificasse seus caminhos.


Branqueza, ordem e concreto (Doc., Alexandra Martins, Elisa Matos e Pedro MacDowell, 7m30,2007, DF)

Setor Comercial Sul, área central de Brasília. No primeiro ano do Governo Arruda-Paulo Octávio (DEM) a especulação do mercado imobiliário alveja um espaço ocupado por travestis. Tem início a "Operação Moralização de Áreas Públicas", uma forte campanha higienista. O filme acompanha, durante um "arrastão" policial, a resposta de travestis dispostas a afirmar seu direito ao espaço.

 

Eli Heil, Criadora e Criatura (Doc., Kátia Klock, 14min.,2009, SC)

Eli Heil, Criadora e Criatura, é um retrato audiovisual do fértil universo feminino de Eli Heil.Criadora de um mundo mágico, a artista gera seres e dá vida a muitas criaturas que pinta, desenha e esculpe através de técnicas inusitadas. Eli Heil renasceu aos 33 anos com uma verve artística em constante ebulição, depois de uma longa enfermidade que a deixou de cama por mais de cinco anos ("gravidez mental", como diz a artista). Este curta-documentário segue o ritmo intenso dessa mulher autodidata de 80 anos que produz uma arte lisérgica. A câmera traduz para a linguagem audiovisual a compulsão da artista que vive em Florianópolis e que montou um museu para abrigar tudo o que cria. Eli Heil reserva mais de duas mil obras sob suas asas, como filhotes protegidos.

 

Incelença da Perseguida (Fic., Silvio Gurjão, 14min, 2009, CE) Num sertão de desmandos, a injustiça encontra na inocência sensual de Maria das Graças, vida que custa a morte da mãe e a dor do pai, a cura para o machismo, homens-genitália eternamente na linha da perseguida. Sua paixão santa pelo maior pecador arrebata-o sexualmente, convertendo-o a uma vida de sagrado prazer.

 

23/08 (segunda-feira)

Local: Centro de Eventos/UFSC
14h às 18h


Rainhas da Noite (Doc., Diego Herzog, 32 min., 2010, ES)

Rainhas da Noite é uma homenagem às drag queens capixabas, uma celebração do direito de ser drag.

 

Piscina (Exp., Coletiva - Brisa Queiroz, Bruno Ferreira, Fernanda Ligabue, Henrique Lukas Mendonça, Iumie Watanabe, Juliana Donato, Lívia Basile e Yasmin Muller, 15min, 2009, SP)

A história da terra começa na água.

 

Aquelas Mulheres (Doc., Matilde Teles / Verena Kael, 19min 51 seg., 2010, RJ)

Documentário sobre as chamadas "polacas":mulheres da Europa Oriental, trazidas como escravas brancas para o Brasil, nos séculos XIX e XX, por cáftens judeus. No Rio de Janeiro, apesar das conflitantes condições de vida, criaram um Cemitério Israelita, em Inhaúma, e a primeira Sinagoga no mundo regida por mulheres.

 

Perto Demais (Fic., Rúbia Mércia Medeiros, 15min, 2009, CE)

Cidade, um mapa imaginário de quem parte e de quem fica.Partir e ficar, partir ou ficar, sempre, como um risco e deslumbre, mas também como um amor e um embaraço.


Meu filho é gay (Fic., Moisés Guimarães, 4min 28seg, 2007, RJ)

Dona Noêmia é uma mãe frustrada na educação de seu filho. Depois de procurar um analista, ela se conforta com uma amiga nesta experiência nova de lidar com a homossexualidade de seu único filho.

 

Beijos de Língua (Exp., Cyriaco Lopes, 4min., 2005/2006, Artista brasileiro vivendo nos EUA, mas o vídeo foi originalmente produzido na Alemanha para uma exposição na França).

Em Beijos de Língua as etimologias da língua portuguesa são associadas a cores:  o vermelho para línguas pré-colombianas, o laranja para línguas africanas, o amarelo para o árabe etc.  O texto - sobre encontros sexuais gays no Rio de Janeiro - é usado como paleta, onde a sucessão de cores torna visíveis os encontros formadores da língua, sempre fluxo.

 

Debanuj: uma narrativa sobre imigração queer nos Estados Unidos (Doc., Felipe Bruno Martins Fernandes, 50min, 2010, NY)

Em 30 de outubro de 2009 o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o fim da lei que proibiu, durante 22 anos, a entrada de pessoas com HIV ou AIDS no país. Tomando a história de vida do ativista gay indiano Debanuj DasGupta o filme (re)traça a história da imigração queer e de pessoas vivendo com AIDS nos Estados Unidos nos anos 1990 e 2000.

 

Esclarecimentos sobre sexualidade (Exp., Cláudio Azevedo e Priscila Duarte, 14min5, 2007, RS)

Que discursos podem emanar da entrevista feita por uma aluna ao professor? O assunto permeia o tema sexualidade. Algumas palavras se apresentam como chaves que abrem e fecham aberturas, são elas: preconceito, liberdade, felicidade, esclarecimento e medo. Acompanhem o depoimento do prof. Fábio e elaborem suas próprias reflexões.

 

Tempo [em] jogo (Exp., Meg Tomio Roussenq e Roberta Tonicelo, 3min46, 2009, SC)

Pensando a identidade plural de grupos que pelo tempo e territorialidade de um espaço, configura o encontro. O trabalho traz a discussão este tempo em memória, onde a liquidez de passado e presente se juntam no imagético jogo real de espaço/tempo. Anônimos da praça é a configuração visual do encontro casual de necessidades outras.

 

Céu Limpo (Fic., Marcley de Aquino e Duarte Dias,14 min. 55, 2009, CE)

Baseado no conto homônimo do escritor cearense Eduardo Campos, Céu Limpo expõe o drama de Leôncio e Chica que, inseridos numa realidade desoladora e cruel, fazem da esperança a sua principal aliada.

 

Depois da Curva (Fic., Helton Paulino, 18min., 2009, PB)

Paulo é um jovem e iniciante motorista que ao fazer uma viagem a trabalho se depara com uma série de situações que o fará reavaliar seus próprios sentimentos, colocando em xeque até a existência de uma amizade de anos.

 

Brasileiros Alhures (Doc. , Andrea Eichenberger, 24 min., NZ)

O contingente populacional de brasileiros no exterior cresce gradativamente ao longo dos anos. Dentre estes brasileiros e brasileiras alhures, 5.500 encontram-se na Nova Zelândia. Este foto-audio-documentario apresenta depoimentos de sete mulheres que, por diferentes razões, deixaram o Brasil para experimentar uma vivência ou buscar melhores condições de vida no exterior.

 

Sonho de Valsa (Fic., Beto Besant, 12min40, 2010, SP)

Stella vive um romance conturbado com Daniel. Setenta anos depois, fenômenos sobrenaturais perturbam os moradores da antiga vila.

 

Profissional da noite (Doc., Kleber Castro Dibianchi (Kleber Nole dos Santos), 15min., 2009, PE)

Jaime Félix é um amazonense de 73 anos que perdeu o pai assassinado por seu Próprio tio. Depois de trabalhar estacionando carros, vendendo picolé, engraxando sapatos se tornou proprietário de várias das boates mais conhecidas do recife nas décadas de 60 a 80.

 

24/08 (terça-feira)

Local: Auditório do CCE
9h às 12h30


Trindadeiros (Doc., Silvio Delfim e Davi Paiva, 90 min., 2009, RJ)

Durante a década de 1970 após a construção da BR 101 (Rio - Santos) uma multinacional tentou expulsar de suas terras por dez anos os caiçaras de Trindade - RJ. A Brascan-Adela utilizou praticas de violência e coação para retirar os nativos e construir um condomínio de luxo no local. A comunidade lutou contra esses interesses, depois de muito sofrimento conquistou uma vitória histórica de repercussão internacional, garantindo o direito de posse através de um acordo assinado em 1981.

 

CORPO URB (Exp., Mariane Bigio, 10min 46, 2009, PE)

Videopoema experimental que retrata os conflitos interiores de uma mulher angustiada frente a sua "urbe" caotizada. Através de uma linguagem que beira o fantástico, o vídeo propõe uma fuga da realidade rotineira que a sufoca.

 

A saudade é um filme sem fim. (Exp., Rafael de Almeida, 3min., 2009, GO)

Fragmentos de uma quase não-memória.

 

Nice, bonne au Brésil (Nice, doméstica no Brasil) (Doc., Armelle Giglio-Jacquemot, 68 min., 2009, França)

Nice é empregada doméstica numa grande casa onde vive confinada. Como muitas jovens rurais de sua condição, deixou sua vila para se empregar na cidade. A serviço dos outros, sua vida se desenrola longe de seu casa, dominada pela solidão e o labor repetitivo de um trabalho subestimado. Ao mesmo tempo em que o filme mostra o dia a dia de suas tarefas e suas varias dimensões, ele também dá a palavra a Nice que, rindo e chorando, expressa seu ponto de vista sobre seu trabalho e sua condição : sentimento de estagnação e limitação, falta de valor e de reconhecimento, desprezo e responsabilidade são entre os temas cruciais que ela aborda durante a filmagem.

 

A vítima e os inconformados (Fic., Moisés Guimarães, 3min 30, 2007, RJ)
Vítima de um assalto dentro do ônibus, um rapaz procura ajuda na rua. De um episódio urbano, a relação de banalização da violência torna-se evidência na conversa de botequim.

 

Antes da corrida terminar (Doc., Maycon Melo, 13min., 2010, SC)

Em setembro de 2009, na comunidade pesqueira da Barra da Lagoa, um grupo de mulheres lideradas por Dona Maria (79 anos) decidiu organizar uma Corrida de Batera. Tradicionalmente essa performance ocorria durante a Festa da Tainha, reafirmava laços e testava atributos. Além de descolar a Corrida desse evento maior, no formato organizado por Maria 10 dos 20 competidores não são nativos da Barra.O grupo familiar de Maria em conjunto com uma ONG e o NAVI/UFSC já produziu seis documentários como este.

 

24/08 (terça-feira)

Local: Centro de Eventos/UFSC
14h às 18h


Surname Viet Given Name Nam (Trinh Minh-ha, 1989, 108 min., EUA, legendado em português.)

O filme evolui em torno de questões de identidade, memória popular e cultura. Focaliza aspectos da realidade Vietnamita vistas através das vidas e historia da resistência de mulheres no Vietnam e nos Estados-Unidos, ao mesmo tempo em que reflete sobre a poder nas entrevistas e nos documentários.

 

Kseni - a estrangeira (Jocy de Oliveira, 2005, 70 min. RJ)

"Transgressora... Imigrante... Bárbara... Terrorista... Mulher... Meu corpo, minha única arma...." são as palavras iniciais da protagonista de Kseni - a estrangeira, que clama pelo "o direito de ser diferente". Aliás, essas palavras encerram esta ópera, que é dividida em cinco cenas: Medea Profecia, Revenge of Medea, Who cares if she cries, Nenhuma mulher civilizada faria isso e Medea Ballade, essa última baseada em uma melodia medieval sobre Medéia, originária da região francesa do Languedoc.

 

24/08 (terça-feira)

Local: Auditório do DAC (ao lado da igrejinha da UFSC)

14h às 18h


Rotina Matinal (Fic., Daniel Donato, 11min51, 2009, RS)

Uma prostituta pensa que o cliente pode ser alguém diferente.

 

Mulher além da maré (Doc. Silvana Maipora, 15 min., 2010, PE)

O documentário Mulher além da Maré conta a história de três pescadoras da cidade de Itapussuma (PE) que convivem com um mesmo problema: as diversas violências praticadas contra as mulheres. Elas fazem parte da colônia de pescadores que, há mais de 20 anos é comandada por mulheres, e mostram através das imagens produzidas - por elas mesmas - o dia a dia além da pesca.

 

Semeadura (Doc., Cleuza Maria Soares, 20min, 2009, SC)

O documentário SEMEADURA, lança um olhar sobre a política de cotas para alunos de escola pública, negros e indígenas na UFSC, buscando entender o porquê da quase inexistência de negros e indígenas nas universidades brasileiras. O tema é inédito em produções cinematográficas no estado.

 

Sou Mulher, Sou Brasileira, Sou Lésbica (Doc., Vagner de Almeida, 45 min., 2009/2010, Brasil)

Documentário que trata da vida de mulheres brasileiras e seus enfrentamentos na sociedade lesbofóbica e racista. Mulheres essas, que ainda vivem a margem da sociedade e necessitam com muita força e coragem desvendarem-se todos os dias.A força desse filme documentário está nas falas, nas vozes dessas mulheres - lindas, fortes, poderosas, honestas, guerreiras, mães, filhas, tias, avós, amantes, parceiras...

 

"Bom dia, meu nome é Sheila ou como trabalhar em telemarketing e ganhar um vale-coxinha" (Doc/Fic., Angelo Defanti, 16min57, 2009, RJ)

Fagner vendia planos de saúde pelo telefone. Valéria trabalha há 19 anos numa das maiores centrais de teleatendimento do país. O telemarketing é o setor da economia que mais cresce e contrata hoje no Brasil com cerca de 700 mil operadores. Alguns deles estão neste filme. Inspirado na reportagem publicada na revista Piauí.

 

Questão de Gênero (Doc., Rodrigo Najar, 90min, 2008, SP)

Questão de Gênero acompanha, durante um ano, a vida de sete pessoas que, em comum, têm o sentimento de que nasceram em um corpo que não era seu. Homens que nasceram mulheres, mulheres que nasceram homens contam como se descobriram transexuais e como buscam viver em sua verdadeira identidade de gênero.

 

Da Janela (Fic., Giovana Zimermann e Sebastião Braga, 15min., 2008, SC)

Fotógrafa pesquisa a violência contra a mulher através da janela de sua casa ou carro, seu "olho câmera" registra tudo. Os planos se cruzam, criando um universo onírico composto de cenas de violência simultâneas a cenas de uma festa, propiciando a reflexão de que ao mesmo tempo em que o espectador assiste ao filme, muitas mulheres anônimas são expostas à violência. Índices apontam que, no Brasil, a cada 4 minutos, uma mulher é agredida.

 

Com o sarongue na mão (Fic., Moisés Guimarães, 3min40, 2007, RJ)

Mário e Glória vivem uma relação conjugal estável. As manias de códigos do casal tornam-se uma armadilha após uma história de um sarongue.

 

Retratos (Doc., Leo Tabosa e Rafael Negrão, 19min59, 2009, PE)

O documentário trata da história de seis travestis pernambucanos e os caminhos que eles traçaram para alcançar posições na sociedade desvinculadas da prostituição. O filme enfoca o cotidiano desses personagens, suas dificuldades, sonhos e conquistas.

 

24/08 (terça-feira)

Local: Auditório do CCE/UFSC

19h às 22h

 

Alicia Bustamante (Doc., Hanna Shygulla, 100min., 2009, França)

O tema é a vida da grande atriz e diretora cubana, Alicia Bustamante, amiga e parceira de Hanna em vários trabalhos artísticos. O documentário tem relatos memoráveis sobre sua infância e atividades em Cuba, ao lado de Che Guevara, sua atuação no cinema e na TV cubanos, com diretores como Gutiérrez Alea, Humberto Solás e Ruy Guerra, seus encontros com outros artistas, como Omara Portuondo, e seu trabalho no grupo Les Turpials, desde 1989, como atriz e diretora artística.

 

Transfiction ( Doc., Johannes Sjöberg, 50min, 2007, SP)

Transfiction é o titulo de um filme protagonizado por um grupo de travestis e transexuais brasileiros que moram em São Paulo. Filmado entre abril e setembro 2006, ele é parte de uma tese de doutorado em drama e realização de filme etnográfico, na University of Manchester, UK, intitulada 'Ethnofiction: genre hybridity in theory and practice-based research'.

 

Quem Será  Katlyn? (Doc., Caue Nunes, 15min, 2008, SP)

O documentário faz uma investigação sobre identidades sociais. A personagem que dá nome ao vídeo é uma travesti que narra o seu processo de transformação identitária.

 

Variante (Doc., Ester Fer e Pietro Picolomini, 30 min., 2010, SP)

O cotidiano de quase meio milhão de pessoas que dependem do trem para se transportar das suas residências, na periferia leste da grande São Paulo, ao trabalho, na capital paulista.

 


Maria sem graça (Fic., Leandro Goddinho, 7min, 2008, SP)

Maria das Graças, menina negra de 12 anos, moradora da periferia de São Paulo, tem um sonho. E para realizá-lo não medirá esforços, transformando a vida de sua mãe num verdadeiro inferno.

 

25/08 (quarta-feira)

Local: Centro de Eventos/UFSC

14h às 18h

 

Reassemblage (Trinh Minh-ha 1982, 40 min.).

Uma reflexão sobre o fazer documentário e a representação etnográfica a partir do olhar da diretora sobre os povos Sereer, Bassari e Peul do Senegal.

 

Shoot for the contents, (Trinh Minh-ha 1992,102 min)

Filme cujo titulo brinca com o significado de um jogo antigo Chines e com os elementos criativos da realização fílmica, é uma excursão no labirinto da nomeação alegórica. Pondera sobre questões de poder e mudanças relacionadas às rupturas culturais e políticas da China contemporânea, refletidas nos eventos da Praça Tiennamen.

 

A tale of love (Trinh Minh-ha e Jean-Paul Bourdier 1995, 108 min).

Retrato da experiência de imigrantes vietnamitas através de Kieu, A tale of Love segue a busca de uma mulher amorosa do Amor. Livremente inspirado no poema Vietnamita The tale of Kieu.

 

25/08 (quarta-feira)

Local: Auditório do DAC (ao lado da igrejinha da UFSC)

14h às 18h

 

Crisálida (Doc., Lígia Maciel Ferraz, 13 min., 2009, SC)

Após a morte do pai, Alice recebe uma carta de aceitação que implica morar em outra cidade. Dividida entre a dor do luto e a vontade de partir, Alice precisa decidir se vai ou se fica.

 

João Sem Terra (Doc., Teresa Noll Trindade, 90min., 2010, RS/SP)

História de João Machado dos Santos, gaúcho que desde muito cedo se envolveu na luta política pela terra, participando ativamente do MASTER, movimento que, nos anos 60, teve fundamental importância na colocação da Reforma Agrária na agenda política nacional. Uma vida de luta e clandestinidade, da dimensão humana ao processo político brasileiro.

 

Sombras na Cabine (Doc., Alexandre Araújo, 10min, 2009, SP)

Sombras na Cabine, conta a história dos operadores de projetor cinematográfico. Dramas e alegrias de profissionais, que escondidos nas sombras, sob a luz do projetor, literalmente colocam o cinema na tela.


Darluz (Fic., Leandro Goddinho, 15 min, 2009 SP)

"Dei José, dei Antonio, dei Maria. Dei, daria e dou. Não posso criar." Darluz

 

Sacrifício (Doc., Francirosy Campos Barbosa Ferreira, 13 min., 2007, SP)

No Islã, o Hajj - peregrinação a Meca - é o quinto pilar da religião, que se encerra nas comemorações da Festa do Sacrifício - Eid Adha´há. Este vídeo apresenta os significados dessa peregrinação, para os muçulmanos, assim como, a Festa do sacrifício tal como acontece aqui em São Paulo e em São Bernardo do Campo.

 

Funcionárias do prazer (Doc., Vídeo Ativista, 12min37., 2005, DF)

Funcionárias do Prazer foi feito por voluntárias do Centro de Mídia Independente de Brasília no principal ponto de prostituição da cidade. No vídeo algumas profissionais do sexo revelam um universo muitas vezes retratado de maneira estereotipada pelos meios de comunicação convencionais. Embora seja estigmatizada e reprimida com violência, a prostituição existe porque a própria sociedade que a condena, a mantem.

 

Páginas de Menina (Fic., Monica Palazzo, 19 min., 2008)

Em 1955 a jovem Ingrid começa a trabalhar na Livraria Machado de Assis, onde conhece Sílvia, a gerente. O que poderia ser um encontro casual vai influenciar as escolhas que moldarão ser futuro de forma importante e duradoura.

 

Identidades em Trânsito (Doc., Daniele Ellery e Márcio Câmara, 19min, 2007, CE)

Identidades em Trânsito trata das experiências de estudantes de Guiné-Bissau e Cabo Verde formados no Brasil. O filme aborda a saída, a chegada, adaptação no Brasil, e o retorno desses estudantes aos seus países de origem. Identidades em Trânsito traz a questão das diferenças e semelhanças culturais entre os respectivos países africanos e o Brasil, revelando novas identidades que passam assumir depois da experiência fora dos seus países.

 

Amores de Circo (Fic., Ana Lúcia Ferraz, 40min, 2009, SP)

Uma Companhia de Circo-Teatro chega a uma pacata cidade do interior. A família circense vive o seu cotidiano enquanto os moradores da cidade se encantam com o circo. As relações com o Estado e os temas do casamento e do adultério são revividos para a etnoficção que parte de histórias vividas ou imaginadas pelos atores e atrizes de uma companhia da tradição do Circo-Teatro brasileiro.

 

25/08 (quarta-feira)

Local: Centro de Eventos/UFSC

19h às 22h


O Fio da História - entre agulhas e tecidos (Doc., Kátia Klock, 12 min, 2010, SC)

Eu me lembro da sirene da fábrica, do ir e vir dos operários, das histórias em torno daquele lugar. "Era a fábrica de fios e tecidos que moldava a vida de quem está próximo a mim e de tanta gente daquela região". Assim inicia o curta-documentário que resgata histórias das primeiras indústrias têxteis de Santa Catarina e a importância do papel da mulher para o setor. O documentário termina no quarto de costura da mãe da diretora, que depois de 50 anos como costureira e ex-operária de fábrica, acaba de se formar na faculdade de Design de Moda.

 

A Casa dos Mortos (Doc., Débora Diniz, 24min., 2009, DF)

Jaime, Antônio e Almerindo são homens anônimos, considerados perigosos para a vida social, cujo castigo será a tragédia do suicídio, o ciclo interminável de internações, ou a sobrevivência em prisão perpétua nas casas dos mortos.

 

Maison Tropicale - As novas utopias africanas de Ângela Ferreira (Doc., Ilka Boaventura Leite, 10min., 2010, SC)

Trata-se de um pequeno documentário sobre a obra "Maison Tropicale", realizada pela artista portuguesa Ângela Ferreira, que representa Portugal na Bienal de Veneza de 2006 no qual a artista documenta a espetacular operação de salvamento das casas pré-fabricadas concebidas e utilizadas durante a colonização francesa na África.

 

Allahu Akbar (Doc., Francirosy Campos Barbosa Ferreira, 29 min., 2006, SP)

Este documentário focaliza o jejum do mês do ramadã, um dos cinco pilares da pratica muçulmana. Por meio de depoimentos feitos por muçulmanos de três comunidades islâmicas em São Paulo e da comunidade de São Bernardo do Campo procura-se compreender os significados do jejum, aprender sobre a quebra do jejum, sobre o licito e o ilícito, sobre uma noite especial para os muçulmanos: a noite do decreto e, finalmente, o encerramento do ramadã com uma das festas principais do calendário islâmico - Eid AL- Fitr.

 

D.O.R. (Doc., Leandro Goddinho, 3 min54, 2010, São Paulo)

Através de depoimentos pessoais, utilizando-se do gestual e sem falas, o tema DOR e Racismo é retratado pelos atores da Cia. de Teatro OS Crespos num Documentário poético/experimental.

 

Impressão em Deslize (Exp., Bárbara de Andrade, 1min26, 2009, Florianópolis)

Numa sociedade de consumo e exposição de corpos, uma reflexão a respeito da delicadeza na abordagem do feminino.

 

Memórias de uma mulher impossível (Doc., Marcia Derraik, 40min., 2008, RJ)

Documentário sobre a vida, a criação e as idéias da escritora e editora Rose Marie Muraro, eleita em 2007 Patrona do Feminismo no Brasil (lei 11.261).

 

La Josefa (Doc., Cristina Smargiasse, Delia Puebla, Adelina Coda, 38min., 2009, Argentina)

Josefa tem um caudal de peculiares anedotas para contar de sua vida. Em sua história não existem glórias, não existem grandes triunfos, mas existe fortaleza a uma vida que escolheu o que escolheu. Este filme é uma pesquisa intimista de um personagem - Josefa - que se descobre frente à Câmara através de seu relato, numa história de vida documental, que recupera seu passado para reforçar o presente.

 

Sobe, Sofia (Fic., André Mielnik, 15min22, 2009, RJ)

Estar no mundo, solidão em dissolução.

 

26/08 (quinta-feira)

Local: Centro de Eventos/UFSC

14h às 18h

 

Moi et mon double (Fic., Hanna Schygulla, 13 min. França, legendado)

A partir de texto de Vitold Gombrovicz , a passagem do tempo e a memória são investigadas. Hanna pergunta a si mesma: personagem fictícia e real: Qui suis-je ?je suis.. et rien de plus mais ce mot « je suis » sans aucun attribut ... ce fait nu et terrible, me remplissait d'épouvante. Il semble qu'il n'y a rien de plus difficile que d'être soi-même.

 

A visita do olhar da sombra (Fic., Fábio Cançado, 20min24, 2010, Brasil)

Compilação de 20 pequenos filmes onde se procura criar metáforas, marcadas por conceitos plásticos e fotográficos da idéia da sombra, em encontro ao uso da burca, veste negra oriental que esconde o corpo e o rosto das mulheres.

 

Longe de Mim (Doc., Peter Anton Zoetti, 77min., 2007, Portugal, São Tomé e Príncipe)

Neti pede um visto para ir ter, junto com as suas duas irmãs, com a mãe que há muito vive em Lisboa. O Ministro dos Negócios Estrangeiros está a ser acusado de ter desviado 450.000 dólares. A brasileira Sol de Oliveira foi presa por imigração ilegal e está a esperar a sua extradição. Três histórias de vida que se parecem interligar numa pequena casa de madeira no bairro da Boa Morte, perto do centro da capital são-tomense. A sorte de um é o azar do outro, e nenhum dos protagonistas parece ser o dono do seu destino...

 

Sem Palavras (Doc., Kátia Klock, 52min., 2009, SC)

Sem Palavras resgata as vivências dos descendentes de alemães sobre a perseguição ocorrida na época da Campanha de Nacionalização de Getúlio Vargas e da Segunda Guerra Mundial,  em Santa Catarina. É um dos lados da história, contado através das memórias de quem era criança nos anos 1940. A memória é subjetiva e verdadeira, mesmo quando aparece distorcida dentro da história oficial, essa  sim muito mais complexa.

 

O vínculo (Fic., Toomy Germain, 90 seg., 2010, SP)

África e Bruno,dois jovens de mundos completamente diferentes,se encontram pela primeira vez em uma pracinha do centro da cidade de São Paulo. Apesar de se cruzarem muitas vezes nas ruas,a primeira conversa dos dois traz muita familiaridade e os leva a encontrar o vínculo que liga os dois mundos "África e Brasil".

 

 

Prêmio Mostra Audiovisual Fazendo Gênero

Será concedido o troféu Mostra Audiovisual Fazendo Gênero, primeiro e segundo lugar, aos dois trabalhos mais votados por um júri popular.

 

 

Agradecimento
Agradecemos a Hanna Schygulla, que gentilmente, durante o Festival de Cinema de Cuba, em dezembro de 2009,  cedeu os filmes Alicia Bustamante e Moi et mon double, para serem exibidos nesta Mostra, e a Cláudia Aguiyrre, Fátima Lisboa e Daniel Yencken, pela tradução e legendagem de ambos. Agradecemos, também a Fundação Cultural BADESC  e ao Departamento Artístico e Cultural da UFSC, pelo apoio na exibição de alguns filmes.

A Mostra Audiovisual é organizada pelo NAVI (Núcleo de Antropologia Urbana e Estudos de Imagem) da UFSC.

 

Comissão organizadora

Ana Maria Alves de Souza (Coordenadora)

Angela Maria de Souza

Carmen Sílvia Rial (Coordenadora)

Cláudia A. Aguiyrre

Daniel Egil F. Yencken

Fátima Lima

Fátima S. Gomes Lisboa

Jair Fonseca

Maria Brígida de Miranda

Maria Cecília de Miranda N. Coelho (Coordenadora)

 

Contato e informações

mostrafg9@gmail.com

 

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