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23.1 Explorando Contornos de Maternidades e Paternidades não hegemônicas

Coordenador@s: Elixabete Imaz (Universidad del País Vasco/ Euskal Herriko Unibertsitatea), Miriam Pillar Grossi (UFSC)
O simpósio tem como objetivo refletir sobre experiências alternativas de parentalidades, tanto na contemporaneidade (ocidental ou de outras culturas tribais ou de outras áreas culturais) como em outros momentos históricos. Partindo do pressuposto que maternidade e paternidade são modelos de relações sociais marcados e definidores de gênero, que em geral reforçam valores hegemônicos de construção de subjetividades femininas e masculinas, o simpósio visa mapear experiências de parentalidade minoritárias ou invisibilizadas nas ciências sociais e no debate feminista.
Convidamos para este debate tanto pesquisador@s de diferentes disciplinas que tenham pesquisas sobre modelos e práticas de parentalidade já estudados (como matrifocalidade, circulação de crianças, adoção, homoparentalidade, monoparentalidade e outras diferentes formas de parentesco simbólico, espiritual ou fictício, etc) quanto estimular a analise de outras situações de parentalidade derivadas tanto pela emergência de técnicas e práticas reprodutivas contemporâneas (reprodução in vitro, parentalidades de casais do mesmo sexo e/ou modelos coletivos de paternidade e maternidade) de contextos históricos particulares (guerras, deslocamentos territoriais, migrações, conflitos étnicos, etc) e de mudanças no campo legislativo e educacional (consequências de mudanças na legislação sobre infância e família, projetos educativos inovadores).
Por fim, o simpósio tem como objetivo político questionar os modelos tradicionais de parentalidade, mapeando novos modelos de parentalidade que transcendam, ampliem ou transgridam os modelos hegemônicos vinculados a familia nuclear, apresentados no ocidente como único contexto social legítimo para a procriação, a criança e a socialização de crianças. Para tanto convidamos pesquisador@s de diferentes campos disciplinares para contribuírem com esta reflexão.

Local: Auditório da Reitoria

Resumos


26/08 - Quinta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Cleide Antonia Rapucci (UNESP)
    A garota e a mãe da garota: o aprendizado dos papeis de gênero em “Girl” de Jamaica Kincaid
    No livro The Reproduction of Mothering, Chodorow afirma que meninas e meninos desenvolvem diferentes capacidades relacionais e diferentes sentidos de identificação, ao crescerem numa família em que as mulheres exercem a maternagem. Assim, mulheres e homens são preparados para assumir papeis de gênero que situam as mulheres principalmente dentro da esfera de reprodução. O aprendizado dos comportamentos apropriados aos papeis de gênero se dá por meio da imitação, treinamento explícito, advertências, enfim, processos de aprendizagem cognitivos. Dessa forma, os papeis familiares das mulheres estariam mais claros para as crianças de ambos os gêneros desde o início. Uma garota pode, então, desenvolver uma identificação pessoal com a mãe, aprendendo o que é “ser mulher” no contexto dessa identificação. No conto “Girl”, a autora caribenha Jamaica Kincaid brinca com a formação dos papeis de gênero através da maternagem. A mãe da garota, numa lista de conselhos referentes a tarefas domésticas e comportamento, tenta ensinar à garota o que considera ser o papel adequado. Neste estudo, faremos uma análise do texto, tendo em vista as contradições presentes no discurso dessa mãe. Faremos, ainda, considerações acerca do trabalho que pode ser feito com este conto junto a estudantes de literatura.
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