Você está em: Página inicial » Simpósios Temáticos » 57. Mulheres negras e suas diversas formas de organização nos contextos urbano e rural no Brasil

57. Mulheres negras e suas diversas formas de organização nos contextos urbano e rural no Brasil

Coordenador@s: Denise Maria Botelho (UnB), Matilde Ribeiro (PUC-SP)
No Brasil, no período contemporâneo (desde 1970, da ditadura à abertura política), as mulheres negras intensificaram a organização para superação do racismo e do sexismo, baseando-se no reforço às demandas específicas que caracterizam as condições de opressão e resistência, posta a relação entre raça e gênero e a discriminação enfrentada – por ser mulher, negra e trabalhadora.
Deve-se considerar a relação com os movimentos feminista e negro, mas criticando a invisibilidade e a secundarização históricas que surgiram entre eles e o de mulheres negras.
Destacamos as produções em situações históricas diferentes – A mulher negra (Sueli Carneiro e Tereza Santos, 1985); os dossiês da Revista Estudos Feministas - “Mulheres Negras” (coordenado por Matilde Ribeiro em 1995), e “III Conferência Mundial contra o Racismo” (Luiza Bairros, 2002); e também, como referências organizativas recentes, os três Encontros Nacionais de Mulheres Negras (ENMN, 1988, 1992 e 2001), a participação no Ciclo das Conferências Mundiais, e outros.
É imprescindível analisar a condição e/ou organização das mulheres em âmbito mundial pelo reconhecimento da positiva movimentação de mulheres negras na America Latina e Caribe, e de suas contribuições para as Conferências de Beijing e de Durban. Tais participações deram novo ritmo às formulações políticas e inserção na agenda social e política, nacional e internacionalmente.
Essa ampliação de participação reflete a diversidade entre as mulheres, seus processos organizativos e os resultados deles nas políticas públicas. Assim, urge aprofundar e promover intercâmbios sobre reflexões e produções nos campos político e teórico, dando luz às mais diferentes formas de organização nos espaços rural e urbano – empregadas domésticas; quilombolas; agricultoras; quebradeiras de coco; pescadoras; sindicalistas; populares; religiosas de matriz africanas; acadêmicas; lésbicas, entre outras.
Assim é que cabe, no Fazendo Gênero 9, apresentado sob o tema “Diásporas, Deslocamentos, Diversidades” – que permite reflexão sobre identidades plurais e a permanente demanda de cruzamento de fronteiras – organizar um Simpósio Temático sobre As mulheres negras e suas diversas formas de organização nos contextos urbano e rural no Brasil.

Local: Mini-auditório - Administração - do CSE

Resumos


24/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Ana Cláudia Lemos Pacheco (UESB), Núbia Regina Moreira (UnB)
    Feminismo negro, trajetórias sociais e afetivas das ativistas negras em Salvador, Rio de Janeiro e em São Paulo: intersecções possíveis
    Esta comunicação tem como objetivo discutir uma das formas de organização política das mulheres negras brasileiras: o Movimento de Mulheres Negras Brasileiro contemporâneo (Ribeiro, 1995), ou para algumas autoras, o que se denominou chamar de “Feminismo Negro” (Bairros, 1995), se tomarmos como referência as formulações teóricas das ativistas e intelectuais negras estadunidenses (Collins, 1989), as quais nos filiamos. Problematizamos tais formulações em contextos concretos e diferenciados, através da análise das trajetórias sociais e afetivas das ativistas negras, de suas narrativas e concepções sobre o MMN, o Movimento Negro, as relações de gênero e de raça com relação a esses e a outros movimentos sociais aos quais fizeram parte em três cidades brasileiras: Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. A escolha por estas cidades tem a ver como nosso campo de pesquisa científica (Moreira, 2007; Pacheco, 2008) e com nossa atuação e vivência, em alguns momentos, nesses movimentos.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Lícia Maria de Lima Barbosa (UFBA)
    Feminismo Negro: notas sobre o debate norte americano e brasileiro
    Esta comunicação apresenta uma revisão da literatura sobre o debate do feminismo negro brasileiro e norte americano, através de intelectuais como Collins, Hooks, Gonzalez e Bairros. A reflexão é parte da pesquisa que investiga se a participação de jovens negras no movimento Hip–Hop, pode ser considerada expressões contemporâneas do feminismo negro. Em grande medida, a história das mulheres negras tem sido contada através da opressão racial e de gênero, evidenciando o quanto a dominação de gênero é marcada pela raça e a dominação da raça é marcada pelo gênero. Falar de nós mesmas, a partir do feminismo negro tem sido uma renovada focalização do “o pessoal é político”, com isto, o feminismo negro nos ensina a amarmos a nós mesmas a partir da nossa pertença racial. (COLLINS, 2006). É objetivo deste estudo contribuir para a ampliação e socialização do conhecimento sobre crítica descolonial, feminismos, de modo a visibilizar a relação do feminismo negro com as culturas negras juvenis, através do movimento hip-hop enquanto expressão cultural da diáspora africana
    DownloadDownload do Trabalho
  • Lady Christina de Almeida (PUC-Rio)
    Trajetórias, narrativas e protagonismo de intelectuais/ativistas negras: um estudo de organizações de mulheres negras no Brasil, a experiência do Geledés e da Criola
    O presente trabalho propõe realizar uma pesquisa sobre organizações de mulheres negras no Brasil, tendo como objeto de estudo as trajetórias e narrativas das lideranças de duas organizações que são referências nacionais: Geledés/SP e Criola/RJ . Esta pesquisa pretende contribuir para visibilidade ao processo de organização e emancipação realizado por mulheres negras que historicamente foram vistas no máximo como objeto de análise, e não como sujeitos de pensamento e de conhecimento. Como também compreender suas diversas formas de organização, representação e atuação. O protagonismo dessas mulheres contrapõe uma perspectiva na qual a mulher negra foi historicamente definida, classificada e coisificada por um sistema ideológico que a infantiliza, ou seja, em que ela não tem fala própria, não é sujeito do discurso, e sim objeto de análise e de poder. Segundo Werneck , as mulheres negras na busca de autonomia, compreendidas como uma coletividade complexa em luta, têm tornado cada vez mais visível sua atuação e presença nas diferentes lutas e conquistas sociais ao longo dos séculos que constituem a história brasileira.
    DownloadDownload do Trabalho

25/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Alex Ratts (UFG)
    As amefricanas: mulheres negras e feminismo na trajetória de Lélia Gonzalez
    A pesquisa para a biografia de Lélia Gonzalez resultou no levantamento de um conjunto de textos – artigos em livros, periódicos e jornais, além de entrevistas – em que podemos identificar a aproximação e o envolvimento da intelectual ativista com o movimento negro e feminista e suas idéias acerca da situação das mulheres negras e da importância de sua organização. No final dos anos 1970, a observamos no processo de “tornar-se negra” e a vemos participar da reorganização do movimento negro contemporâneo, destacando muitas vezes a questão da mulher negra. Nos anos 1980 a trajetória de Lélia Gonzalez se confunde com as primeiras organizações de mulheres negras brasileiras. Esta é também uma época de intensas viagens suas pela África Ocidental, os Estados Unidos e a Europa nas quais ela refaz seu pensamento negro e feminista na diáspora africana. Após 1988, percebemos sua proposição de que a discussões relativas às mulheres negras devam ser feitas por dentro do movimento negro, mais que no movimento feminista, sem perder o horizonte nacional e transnacional (a Amefricanidade). A presente comunicação estabelece, portanto, a correlação entre indivíduo e movimento social, ou seja, entre a trajetória de Lélia Gonzalez, os movimentos negro e feminista e a organização de mulheres negras.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Luana Diana dos Santos (PUC Minas)
    "Comunicar é politizar": a revista Eparrei e a participação feminina na luta contra o racismo no Brasil
    Partindo de uma perspectiva histórica, o presente artigo objetiva dar visibilidade ao trabalho empreendido pelas mulheres da Casa de Cultura da Mulher Negra de Santos, que através da Revista Eparrei, contribuem de forma significativa para construção de uma sociedade mais justa e equânime no que diz respeito às relações raciais. Ao analisarmos as páginas da publicação, percebemos a importância da mesma enquanto canal de denúncia do racismo vigente no Brasil e promoção da educação e politização da população afro-brasileira. Destacamos preponderantemente seu papel na ressignificação da imagem da mulher negra, isenta de estereótipos negativos e desvinculada da sexualização.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Tatiana Nascimento dos Santos (UnB)
    "Minha palavra é afiada e contamina": feminismo negro rompendo o silêncio pela escrita
    Analiso trechos da obra da compositora Ellen Oléria (canções e entrevistas) contrastando sua experiência na universidade – espaço muitas vezes hostil a sua ancestralidade, desejos, modos de ser, cosmovisões – à sua produção discursiva como ferramenta política de constituição identitária. Como sua escrita dialoga com as normatividades e que identidades enuncia? Frente a sistemas históricos de silenciamentos e exclusões socioculturais: sexismo, racismo e epistemicídio, que lugares de fala elabora em seu discurso? Como a escrita permite negociar o código negro feminino lesbiano com as imposições do código do dominador? Como se elabora discursivamente o equilíbrio entre disputas de poder e empoderamento? A análise de discurso crítica é a principal lente teórica com a qual me proponho escrutinar tais questões, e funciona articulada ao feminismo negro.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Rodrigo Cantos Savelli Gomes (UDESC)
    A música no Morro da Caixa d'Água de Florianópolis: uma etnografia da ação feminina
    O trabalho consiste numa breve etnografia da ação feminina nas principais manifestações musicais da comunidade do Morro da Caixa d’Água de Florianópolis, constituída majoritariamente por afro-descendentes. Para tanto, foi feito um levantamento que remete desde (1) um passado não muito distante, época em que a região começou a constituir-se como ‘comunidade’, com a vinda dos primeiros moradores, no qual destacamos o canto das lavadeiras, o cacumbi e o terno de reis, hoje não mais existentes; (2) passando pelas manifestações mais estabelecidas e duradouras, como samba, umbanda e catolicismo; (3) até as novas tendências propostas pela juventude como pagode e hip-hop. A partir da ótica dos estudos de gênero, buscamos verificar como se dá a participação feminina nestas atividades musicais, examinando como as relações de gênero, instituídas de poder, prestígio, hierarquia e discriminações, afetam, modelam e estruturam os discursos e as performances musicais no âmbito da comunidade. Ao fazê-lo, identificamos: as diferentes formas de inserção das mulheres nos diversos espaços promovidos pela comunidade; os papéis assumidos por elas neste processo a partir de sua condição de gênero; as causas de sua possível invisibilidade e/ou reduzida participação em determinados espaços e/ou funções.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Maria Aparecida Silva (UFC)
    Narrativas de mulheres negras araraquarenses: experiência e organização
    O artigo versa sobre organização e experiências de mulheres negras participantes do movimento social negro, organizadoras de eventos culturais ou freqüentadoras de espaço de maioria afrodescendente em dois bairros da cidade de Araraquara-SP, Santana e Vila Xavier. A investigação são as décadas de 80, 90 e 2000 do século passado; com recurso da história oral na reconstrução de seus espaços de sociabilidade, o envolvimento na comunidade de maioria afrodescendente, a representação e o significado dos espaços de atuação em suas vidas. A finalidade é verificar, nas experiências dessas mulheres as estratégias sociais na construção de modos de vida e forma de organização que contribuíram no fortalecimento da identidade, formação e atuação. A abordagem está fundamentada em três eixos de discussões: gênero, etnia/raça e movimento social negro; estou lidando com mulheres é inegável enfrentar as diferenças percebidas como relação de poder entre os sexos; estou lidando com etnia/raça, é determinante as discriminações, as particularidades e as singularidades e finalmente com movimentos social negro na perspectiva de formação e empoderamento. Visibiliza-las significa desvelar a existência de formas específica de organização, além de construir uma história própria de seu grupo social.
    DownloadDownload do Trabalho

26/08 - Quinta-feira - Tarde (14h às 18h)
  • Rosângela Costa Araújo (UFBA)
    Feminismo angoleiro? organização das mulheres na Capoeira Angola
    Este trabalho apresenta as formas de organização das mulheres no interior da Capoeira Angola, no Brasil e exterior. Aqui, a maneira como as angoleiras vem se organizando ao longo dos últimos 10 anos busca conciliar aspectos internos desta formação aos debates em torno da tradição, como também aponta suas vinculações com os demais movimentos sociais, sobretudo os movimentos feministas, desenvolvendo narrativas capazes de produzir também novos contornos aos territórios atribuidos à cada grupo, à cada instituição, compondo um grupo a partir dos grupos, sendo este uma comunidade de mulheres, geralmente virtual e ocasionalmente presencial. A partir desta nova "roda", lapresentamos algumas mudanças produzidas por estas, bem como as respostas dadas pela própria capoeiragem num momento em que a capoeira é registrada como patrimônio imaterial da cultura brasileira e se encaminha ao registro de patrimônio cultural da humanidade (é praticada em mais de 150 países), pela UNESCO, combinando às políticas culturais regidas pelo governo federal a definição de novos referenciais de formação dentro da economia da capoeira. Aqui também homens e mulheres tem trajetórias diferenciadas e desfrutam de maneira desigual dos seus resultados.
  • Maria Aparecida de Oliveira Souza (UFPE)
    Mulheres da comunidade de Conceição e a comunidade das mulheres: histórias que se confundem
    A história da comunidade de Conceição das Crioulas, é reveladora de uma construção que foi preservada pela memória social, de modo a legitimar, respaldada na longevidade e historicidade da ocupação, o direito de posse daquelas terras, fundamentada no uso primeiro das mesmas, creditado à ação das seis “crioulas”, mulheres, trabalhadoras rurais e posseiras. Relatar e relembrar é ato que posibilita criar uma nova tradição, que re-significa o que veio antes e institui uma outra memória. Nesse sentido, a tradição ressemantizada das ações de mulheres negras e livres, ligadas por relações de parentesco e pelo objetivo comum de terem sua terra, seu próprio lugar, são elementos significantes nas construções identitárias da comunidade, atuam como catalizadores no engendramento do sentimento de pertencimento que une os membros da comunidade. A força do ato de re-latar, re-memorar, revela-se no engendramento desse sentimento, na representação que os membros da comunidade têm de si, individual e coletivamente. Na circulação da tradição fundadora, é visível o poder de conferir significado social da geração mais velha da comunidade, autorizada pela experiência acumulada, pela legitimidade a ela atribuída como depositária da memória da comunidade.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Geórgia dos Passos Hilario (UFSC)
    Mulheres negras de Axé:narrativas de territorialidade,corpo,trabalho e construção identitária na comunidade do Laredo
    O objetivo central da pesquisa consiste na investigação da construção de identidade das mulheres negras no município de Criciúma,a partir de uma comunidade chamada Laredo.Busca-se uma análise delas enquanto sujeitos de suas histórias,além de construtoras das memórias individual e coletiva do lugar,transformando-as em participantes da sua constituição histórica,social e cultural.A pesquisa procura evidenciar a contribuição dessas mulheres como porta-vozes essenciais de uma diversidade oriunda da ancestralidade africana,por meio da organização da comunidade num espaço geográfico mas também como atualização histórica e simbólica das demandas da população negra atual.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Silvana Santos Bispo (UFBA)
    Organização de mulheres negras em Salvador: articulando uma política de posicionamento
    As pesquisas referentes aos estudos de gênero possibilitam a investigação de temas que, durante muito tempo, foram desprestigiados e renegados pela história, por serem considerados de pouco interesse para as ciências sociais. A proposta de comunicação busca refletir sobre as experiências de mulheres negras soteropolitanas no Movimento Negro Unificado/Bahia no período de 1989 a 1997 a partir de narrativas orais de três ativistas. Para isso, se faz especialmente importante pensarmos nas formas e estratégias criadas pelas mulheres negras para garantir o debate político em torno das dimensões de gênero e raça no interior do MNU, grupo integrado por mulheres e homens negros com representação nacional. A análise sobre as experiências das mulheres negras nesse trabalho evidencia as tensões, antagonismos, ambiguidades, negociações, conquistas e aprendizagens na estruturação de uma agenda política própria. Nesta perspectiva, numa sociedade onde prevalece o entendimento de inferiorização das populações negras, refletir em torno da importância e representatividade do movimento de mulheres negras feministas e suas estratégias de organização em Salvador é de grande valia, sobretudo, para a/s experiência/s das mulheres negras.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Judith Karine Cavalcanti Santos (UnB)
    Participação das trabalhadoras domésticas no cenário político brasileiro
    Desde a Constituição de 1988, o Brasil tem garantido a participação social em vários âmbitos institucionalizados de tomadas de decisão, o que do ponto de vista da democracia, é um avanço. Diante deste direito, a categoria das trabalhadoras domésticas assumiu o protagonismo da luta em defesa de seus direitos, mesmo num contexto desfavorável em razão das heranças do patriarcado e do período escravocrata: o sexismo e o racismo. Emancipadas com mais de 70 anos de luta, essas trabalhadoras participam das articulações nacionais com outras categorias; mobilizam a base sindical; fortalecem os laços com as parcerias locais e globais tanto em com organismos internacionais quanto organizações da sociedade civil; acompanham o trâmite legislativo e decisões judiciais com relação a temas de seu interessas; promovem accountability... Enfim, constroem suas demandas nos espaços públicos de poder. Desta forma, têm sido capazes de influenciar substancialmente na efetivação de direitos, negados na história do Brasil a mulheres negras, quase totalidade da categoria. Como consequência, não apenas é possível acompanhar a emancipação deste grupo excluído das esferas de decisão, como se obtêm políticas públicas mais próximas das urgências da categoria porque ela própria as indica, elabora e monitora.
    DownloadDownload do Trabalho
  • Louvani de Fatima Sebastião da Silva (UFSC), Ivete Simionatto
    Quilombolas no contexto de luta pela terra
    Do século XVI a meados do século XIX, vigorou legalmente no Brasil o sistema político e econômico denominado escravismo colonial, que teve início após a chegada dos portugueses. Porém, quando os navegadores ocuparam o Brasil no século XV, já havia neste território diversas tribos indígenas, sendo estas os primeiros donos da terra. Os indígenas resistiram à ocupação e, no embate, muitos foram exterminados, outros capturados e escravizados que, vencidos pelo trabalho aviltante, morreram. Diante das dificuldades em escravizar os indígenas, os portugueses optaram e encontraram no tráfico de negros africanos a forma de manter em funcionamento aquele modo de produção escravista. Neste compasso, o Brasil recebeu milhares de negros (homens e mulheres) e, diversamente dos outros países escravistas, aqui a escravidão encontrou o berço mais fecundo e duradouro. Mas os negros escravizados, mesmo com a força física coisificada e a liberdade cerceada, reagiram e se opuseram à escravidão, constituindo os quilombos, espaço materializado sobre o qual se assenta a trajetória histórica de luta pela terra. Nesta perspectiva, partindo de um levantamento bibliográfico e apoiando-se no método crítico dialético, far-se-á a leitura e a interpretação histórica do movimento quilombola contemporâneo.
    DownloadDownload do Trabalho
Apresentação | Site geral do FG | Comissões | Inscrições | Programação | Cronograma | Anais Eletrônicos | Simpósios Temáticos
Pôsteres | Minicursos | Oficinas | Reuniões | Cultura | Lançamentos | Mostra Audiovisual | Mostra de Fotografias
Crianças no FG9 | Informações úteis | Hospedagem | Transporte | Notícias | Entre em Contato
Visite o web-site da DYPE Soluções!